No Domingo de Páscoa, quando a equipa realiza mais um treino de preparação tendo em vista o duplo confronto com a Suíça, pedimos a Ricardo Andorinho, vice-presidente da FAP; chefe da comitiva que se encontra na Sérvia e antigo internacional de Portugal, que passasse em revista o que tem sido o trabalho da seleção e fizesse um primeiro balanço deste estágio e do que são as expectativas portuguesas para os próximos jogos.
Aqui deixamos a mensagem de alguém que tem um conhecimento privilegiado da modalidade.
«Estamos, todos, muito bem preparados, para os dois jogos frente à Suíça. O foco é sem dúvida este primeiro jogo em St. Gallen, dia 4 às 20 horas, e no qual esperamos contar com o apoio da comunidade portuguesa local, já contactada pela Federação, com o objetivo de nos dar o seu contributo, importantíssimo para o desenvolver do jogo.
O conjunto de profissionais integrados na Seleção Nacional, oferecem grande confiança na abordagem a estes jogos, e é com enorme orgulho que protegemos os nossos atletas e os valorizamos, trabalhando para que seja uma realidade a qualificação para o próximo campeonato da Europa, a realizar em 2014, na Dinamarca.
É sempre complexo reunir o nosso melhor talento, para em pouco tempo conseguir uma mentalidade de seleção, onde só estão os melhores atletas e andebolistas do país. É tão mais fácil quando todos temos a motivação de valorizar o trabalho passado que fizemos até este momento, e a forma como nos relacionamos neste espaço, único em relação a todas as outras realidades que os atletas e técnicos experiementaram nas suas carreiras. Esquecer a competição entre clubes, dar as mãos numa semana e vencer equipas altamente competitivas está ao alcance daqueles que percebem que a competição na seleção está a um nível diferente, e superior ao de outras competições. Quem tem o privilégio de vir à seleção tem competitividade garantida a cada treino, a cada passe e a cada remate, e que os feitos que podem surgir de uma boa participação podem ser exponenciais, quando comparados com competições de outra natureza ou enquadramento.
Observo e constato que a ambição desta equipa entregará resultados e que temos todos os ingredientes (internos) para o sucesso. Que temos muito conhecimento disponível e experienciado em relação ao treino, a estratégias e tácticas de jogo e que temos a motivação interior de nos qualificarmos e funcionarmos como uma verdadeira equipa nacional, capaz de competir nos patamares mais exigentes e competitivos do mundo.
Somos conscientes do valor desta equipa, e temos a maior confiança em todos os portugueses que dela fazem parte, incluindo treinadores, médico, fisioterapeuta, secretário técnico e toda a logística pré-estágio que acompanha as competições da selecção. A gestão da comunicação social e a assessoria de imprensa também têm corrido muito bem. Aproveito para agradecer o seu envolvimento e participação profissional, para que tudo corra pelo melhor. Obrigado também ao Hotel Axis do Porto pela forma tão carinhosa como nos recebeu. Tínhamos, ao final, uma nota da cozinha do hotel a desejar-nos as maiores felicidades e sucessos desportivos.
Sabemos que gerimos um grupo de pessoas que pode trazer muito ao andebol português, no qual a preocupação pela união e pela representatividade da nossa selecção se deve sobrepor aos interesses individuais de qualquer um dos intervenientes. É sempre complicado expor sentimentos pré-competitivos, contudo se acreditarmos no valor que temos como equipa, nos apoiarmos uns aos outros dentro e fora de campo, e se mostrarmos humildade e respeito pelos pontos fortes do adversário, não tenho grandes dúvidas que a vitória tem muito maior probabilidade de acontecer. É nessa vitória em que acreditamos e que por ela temos trabalhado árdua e continuamente.
Faço orgulhosamente parte desta equipa e estou ansioso por que chegue a competição.
Força Portugal!»
