Depois de na época passada terem sido afastadas da EHF European Cup nos Oitavos de Final, pela formação do Antalya Konyaalti BSK – que viria a erguer o troféu -, as Campeãs Nacionais querem agora chegar mais longe e, pelo caminho, vão encontrar o AESH Pylea Thessaloniki, da Grécia. O jogo da primeira mão está agendado para esta sexta-feira, às 18h30, e os derradeiros 60 minutos irão disputar-se, novamente no Pavilhão n.º2 da Luz, este sábado pelas 19h00.
Com o pedido de downgrade por parte do SL Benfica – abdicando da EHF European League – o estatuto das Águias e o facto de disputar a eliminatória, na íntegra, em solo português, traz alguma responsabilidade extra ao emblema encarnado. João Florêncio, técnico do SL Benfica, afirma que jogar em casa é uma vantagem e que o objetivo passa por fazer história:
“Nós aqui [em casa] já estamos claramente a ganhar. [O AESH Pylea Thessaloniki] É uma equipa claramente competitiva mas nós temos a convicção e a esperança de poder passar e fazer história, porque estas atletas merecem.”
Mas, afinal, quem é o AESH Pylea Thessaloniki? As gregas tiveram um desfecho idêntico às portuguesas na época passada, acabando afastadas da EHF European Cup pelo Antalya Konyaalti BSK, mas numa fase mais precoce da competição (Ronda 2). Esta temporada, já ultrapassaram o Handball Kaerjeng do Luxemburgo e o ORK Rudar do Montenegro, e têm em Panagiota Argiropoulou a sua melhor marcadora na competição, com 23 golos. Além da pivô, também a central Aikaterini Koukmisi e a lateral direita Athine Kostopoulou se têm afirmado como as maiores artilheiras da formação grega, com 22 e 20 golos, respetivamente.
João Florêncio classificou a formação do AESH Pylea Thessaloniki como uma “equipa muito competitiva” mas centrou as atenções na sua equipa e no objetivo que têm em escrever mais uma página inédita no capítulo das encarnadas:
“O ano passado conseguimos vir até esta ronda, este ano queremos muito ir até aos Quartos de Final, dar um passinho de cada vez, porque sabemos que é uma Taça que tem alguma ‘aleatoriedade’, com equipas muito fortes. Nós temos tido alguma sorte nos sorteios, mas passar aos Quartos de Final seria inédito no clube e é isso que nós queremos. Temos que ter os pés bem assentes no chão, mas temos uma percentagem de poder vir a vencer esta prova. Depois desta ronda ficam apenas oito equipas e qualquer uma pode vencer… Nós temos esse sonho.”
O técnico de 42 anos considera que o SL Benfica está a fazer o “caminho das pedras” das equipas portuguesas no panorama internacional e a experiência que a sua formação adquire vai sendo cada vez mais importante: “As equipas portuguesas não têm um grande historial a nível internacional, nem com as Seleções nem tampouco com clubes portanto nós temos que fazer esse caminho, o caminho das pedras, um caminho difícil, em que a equipa vai ganhando experiência. É uma prova a eliminar e tudo pode acontecer.”
O jogo da primeira mão entre SL Benfica e AESH Pylea Thessaloniki está agendado para esta sexta-feira, pelas 18h30, e os últimos sessenta minutos disputam-se, novamente na Luz, ainda este sábado pelas 19h00.
Também em competição segue o Madeira SAD que, após triunfar pela margem mínima no Funchal, discute a continuidade na prova este sábado, pelas 18h00, no reduto do ATTICGO BM Elche.
EHF European Cup
Last 16 – 1ª Mão:
13.01.2024 – 17h00 – Madeira SAD x ATTICGO BM Elche, 27-26 (14-16)
19.01.2024 – 18h30 – SL Benfica x AESH Pylea Thessaloniki, BTV
Last 16 – 2ª Mão:
20.01.2024 – 18h00 – ATTICGO BM Elche x Madeira SAD
20.01.2024 – 19h00 – AESH Pylea Thessaloniki x SL Benfica, BTV