Na ressaca do último duelo em solo português a contar para o Women’s EHF Euro 2024 Qualifiers, que terminou em derrota frente à já apurada e invicta seleção dos Países Baixos, a Seleção Nacional A Feminina teve um dia inteiramente marcado pela viagem até à Chéquia, onde vai medir forças com a congénere local, no Jogo das Decisões. A ambição é elevada: “Este é um desafio enorme, mas atendendo à dedicação e compromisso que as jogadoras manifestam todos os dias, é também um desafio alcançável.” – afirma o Selecionador Nacional, José António Silva.
Já instalada em Plzeň, a quarta maior cidade da Chéquia, a comitiva lusa recuperou energias e realiza esta tarde o primeiro treino no Sportovní hala města Plzně, o palco do jogo que arranca às 17h00 (hora portuguesa) deste domingo e contará com transmissão em direto na RTP 2.
Vem aí o sexto e derradeiro jogo do Grupo 3 dos Qualifiers, com Portugal na terceira posição atrás da Chéquia, em claras condições de ambicionar o segundo lugar e, em última instância, bem posicionado para se assumir como um dos melhores terceiros classificados. José António Silva fala em superação como sendo a chave para vencer equipas dos patamares superiores:
“Neste momento o primeiro aspeto a realçar é que, à entrada da última jornada, estamos a discutir o segundo lugar num grupo em que figuram o quinto e oitavo classificados do último Campeonato do Mundo. Sabíamos da dificuldade que os adversários nos colocariam, mas sempre encarámos os jogos como oportunidade para pontuar e para continuarmos a evoluir. Acho que a nossa qualidade de jogo tem melhorado e já somos capazes de, em determinados momentos, fazer face a adversários que são claramente superiores. No entanto, temos que ter a noção que para obter vitórias contra equipas desta qualidade não basta jogar o nosso máximo, temos que nos superar, temos que jogar acima daquilo que são as nossas reais capacidades.”
Em Paredes, a 15 de outubro do ano passado, Portugal sofreu uma derrota dura frente à Chéquia, à segunda jornada, não pelo resultado (26-30) mas pela forma como os papéis se inverteram na reta final, numa altura em que o jogo estava favorável. Agora, com conhecimento prático do adversário, o objetivo passa por anular a maestrina da orquestra checa (Markéta Jeřábková) e contrariar os principais argumentos da equipa nas transições, que Portugal vai entrar em campo:
“Será mais um jogo muito difícil, com um adversário de qualidade e com uma experiência internacional que nós não possuímos, mas temos motivos para acreditar que podemos obter um resultado positivo. É uma equipa com grande capacidade física, que baseia a defesa no 6:0 e um ataque no qual a central assume protagonismo. Nos últimos tempos têm apostado em transições defesa-ataque muito rápidas, a partir das quais têm obtido muitos golos. Temos identificados todos estes aspetos e estamos preparados para os contrariar. Vamos, naturalmente, dar o nosso melhor para pontuar, o que seria decisivo para as contas finais do apuramento, sem, no entanto, descurar qualquer cenário que se possa desenrolar.”
A um passo do sonho, a garantia e o reconhecimento por parte do líder da Seleção Nacional: “Sabemos da responsabilidade que o jogo tem, mas sabemos também que trabalhámos imenso para aqui chegar e não vamos desperdiçar a oportunidade. A todos quantos nos têm apoiado, e têm sido muitos, fica o nosso agradecimento e a garantia de que daremos tudo dentro do campo para obter o resultado final que todos ambicionamos.”
Poderá acompanhar o Jogo das Decisões, este domingo, pelas 17h00, através da RTP2.
EHF Euro 2024 Qualifiers
Calendário – Grupo 3:
12.10.2023 – 18h30 – Países Baixos x Portugal, 38-27 (20-14)
15.10.2023 – 15h00 – Portugal x Chéquia, 26-30 (13-14)
29.02.2024 – 16h30 – Finlândia x Portugal, 21-28 (12-18)
03.03.2024 – 19h30 – Portugal x Finlândia, 38-22 (21-11)
04.04.2024 – 19h00 – Portugal x Países Baixos, 25-36 (11-19)
07.04.2024 – 17h00 – Chéquia x Portugal, RTP 2
Recorde-se que vão estar presentes no Women’s EHF Euro 2024 os dois primeiros classificados de cada um dos oito grupos dos Qualifiers, mais os quatro melhores terceiros, para além das co-organizadoras já apuradas (Áustria, Hungria e Suíça) e da Noruega, Campeã da Europa em título.