O sorteio do IHF World Championship 2025, que decorreu esta quarta-feira em Zagreb, na Croácia, definiu o caminho da Seleção Nacional A Masculina na Ronda Preliminar, nesta que será a sexta presença de Portugal num Mundial. Os Heróis do Mar vai disputar o Grupo E, juntamente com Noruega, Brasil e Estados Unidos da América, em Baerum, Oslo, capital da Noruega, um dos países organizadores. O Campeonato do Mundo de Andebol do próximo ano, que parte para a 29.ª edição, será o primeiro da história a ser co-organizado por três países: Croácia, Dinamarca e Noruega, entre os dias 14 de janeiro e 2 de fevereiro do próximo ano.
As 32 equipas foram divididas em oito grupos de quatro equipas, para a Ronda Preliminar, com as três melhores de cada grupo a avançarem para o Main Round e os quartos classificados a seguirem para a President’s Cup. As duas melhores seleções de cada um dos quatro grupos do Main Round passarão aos Quartos de Final, sendo aplicado um sistema de eliminatórias até à Final.
Recorde-se que os Heróis do Mar deixaram pelo caminho a Bósnia e Herzegovina para garantirem vaga no Campeonato do Mundo pela terceira vez consecutiva.
Na primeira reação ao sorteio, o Selecionador Nacional, Paulo Pereira, antevê dois duelos particularmente combativos contra oponentes conhecidos e ainda um adversário que tem caminha do para o sucesso: “Uma vez mais, vamos jogar na casa de um dos organizadores, mas estamos mais ou menos habituados a isso. E depois temos o Brasil, que é sempre uma seleção difícil, temos que nos prepara muito bem para poder ultrapassar esta equipa. Os Estados Unidos tiveram um wildcard para participar neste Mundial, nós somos melhores, mas é uma seleção que, pouco a pouco, tem vindo a melhorar. Contra Noruega e Brasil, vão ser dois jogos duros e contra os Estados Unidos temos que respeitar bastante uma seleção que está a crescer. Portanto, são sempre competições em que é possível fazer bem as coisas para poder avançar para a fase seguinte.”
Entre o otimismo ou a cautela, o líder dos Heróis do Mar responde com compromisso e trabalho: “Eu vejo sempre os jogos no plano mais prático, não olho muito para o plano teórico. Já tivemos alguns dissabores por pensarmos em resultados no plano teórico. Portanto, na prática temos que preparar bem, jogar bem para seguir em frente e vamos com essa convicção e crença de que as coisas nos vão correr bem mais uma vez. Ainda temos que ver qual vai ser exatamente a sequência dos jogos para, depois, meter os pés ao caminho. Falta muito tempo, temos também o início da qualificação para o próximo Europeu, portanto, um dia de cada vez. É um orgulho enorme, uma vez mais, estar em mais um Campeonato do Mundo, queremos continuar a crescer e ganhar estatuto em termos internacionais.”
Grupo A: Alemanha, Chéquia, Polónia e Suíça
Grupo B: Dinamarca, Itália, Argélia e Tunísia
Grupo C: França, Áustria, Catar e Kuwait
Grupo D: Hungria, Países Baixos, Macedónia do Norte e Guiné
Grupo E: Noruega, Portugal, Brasil e Estados Unidos da América
Grupo F: Suécia, Espanha, Japão e Chile
Grupo G: Eslovénia, Islândia, Cuba e Cabo Verde
Grupo H: Egito, Croácia, Argentina e Bahrain
O Campeonato do Mundo do próximo ano reúne as melhores seleções à escala planetária e os preparativos estão agora ao rubro na Croácia, Dinamarca e Noruega, com os três anfitriões alinhados para criarem um magnífico evento de Andebol.
Após a Dinamarca se ter coroado Tricampeã do Mundo na 28.ª edição (na Polónia e Suécia, em 2023), a equipa escandinava terá a oportunidade de defender o título em casa, uma vez que a próxima edição da competição será a primeira a ser organizada conjuntamente por três países, onde os atuais detentores do troféu se incluem.
Tanto a Dinamarca como a Croácia já organizaram anteriormente um Campeonato do Mundo masculino, sendo a Noruega anfitriã pela primeira vez, mas o país escandinavo tem muita experiência na organização de grandes eventos, como é exemplo o IHF Women’s World Championship 2023, que decorreu em dezembro passado, juntamente com Dinamarca e Suécia.
“United in Handball” (Unidos no Andebol) é o lema do IHF Men’s World Championship 2025, com uma abordagem inovadora de uma organização conjunta, mas também com o poder do desporto, que pode criar laços fortes no campo e ligações inquebráveis fora dele, uma vez que os espetadores também fazem parte do espetáculo.