O Sporting CP fechou a temporada com a conquista de todos os troféus internos… e alguns recordes batidos. Este sábado, os bicampeões nacionais derrotaram o FC Porto na Final da Taça de Portugal, naquele que foi o Clássico mais equilibrado e emocionante da época, e reforçaram a hegemonia na competição, somando agora 19 troféus da Prova Rainha. Em paralelo com a confirmação do tão ambicionado “triplete”, aparece a importância que o treinador Ricardo Costa tem neste coletivo: sete troféus internos conquistados forma consecutiva, um feito sem precedentes em Portugal.
Com este desfecho o Sporting CP torna-se ainda o segundo emblema em Portugal a conquistar quatro troféus da Taça de Portugal de forma consecutiva, igualando o feito do ABC de Braga, que fez história entre 1989/1990 e 1992/1993.
Dois golos do pivô Victor Iturriza e uma defesa de Diogo Rêma Marques pelo meio deram início ao Clássico em Santo Tirso (2-0). À primeira vantagem de dois golos do FC Porto, respondeu o espanhol Natán Suárez para abrir o ativo para os leões, aos três minutos. O FC Porto mostrava competência e segurança na defesa e beneficiou da primeira situação de superioridade numérica, aos 10’, fruto da exclusão do pivô leonino, Edy Silva, numa altura em que o marcador registava 5-4.
Apesar do contexto menos positivo, o Sporting CP cresceu na partida e conseguiu mesmo restabelecer a igualdade, depois de várias tentativas anuladas por Diogo Rêma Marques (5-5), perto dos 15 minutos. Pouco depois apareceu a primeira contrariedade para o FC Porto, com a desqualificação do pivô Victor Iturriza. Com os ânimos algo agitados os dragões não perderam o rumo e voltaram aos dois golos de vantagem (9-7), aos 20 minutos, pela mão de Þorsteinn Gunnarsson. O atirador islandês voltou a aparecer em grande plano cinco minutos depois, para dar ao FC Porto a primeira vantagem de três golos (12-9), em Santo Tirso.
Nos últimos cinco minutos da primeira parte e dois time-outs depois, o Sporting CP ganhou mais confiança e reduziu a diferença para apenas um golo (13-12) e até teve oportunidade de trazer nova igualdade, mas Diogo Rêma Marques levou a melhor. O intervalo chegou com o FC Porto em vantagem por dois golos e com Þorsteinn Gunnarsson em grande destaque, com seis golos apontados.
Intervalo: 15-13
Durante o intervalo, Miguel Laranjeiro, Presidente da Federação de Andebol de Portugal e GasparFerreira, Administrador da Ferreira Build Power, protagonizaram um momento protocolar com a assinatura do contrato de parceria que une as duas entidades durante as próximas três temporadas.
O guardião leonino André Kristensen, que se estreou na reta final da primeira parte, ganhou alguma moral mas o grande protagonista era mesmo o homónimo Diogo Rêma Marques, que já ultrapassara as 10 defesas e ajudou os dragões a voltarem aos três golos à maior (18-15), aos 38 minutos. Logo depois apareceu um pedido de time-out por parte de Ricardo Costa.
A paragem não podia ter feito melhor aos bicampeões nacionais, que concretizaram três golos sem resposta (18-18), o que trouxe novo time-out, desta vez pedido por Magnus Andersson, treinador azul e branco, aos 41 minutos. Aos 45’ o Sporting CP festejou mesmo a reviravolta (18-19), depois de ter continuado a crescer em Santo Tirso, quando André Kristensen atingiu as cinco intervenções.
Dois minutos depois o FC Porto teve novamente motivos para sorrir: nova reviravolta (21-20) e dois minutos em superioridade numérica. A 13.ª defesa de Diogo Rêma Marques deu o mote ao surgimento da diferença de dois golos (22-20), por Ricardo Brandão, pouco depois. Frente ao 7v6 azul e branco a resposta leonina não tardou: dois golos de uma assentada e novo empate (22-22) já dentro dos últimos 10 minutos. Magnus Andersson parou o jogo.
Após a paragem, os leões continuaram a saber lidar com o sistema ofensivo do FC Porto e festejaram a dobrar, desta vez para alcançar uma vantagem inédita (22-24). Face ao cenário e estando há mais de cinco minutos sem marcar golo, Magnus Andersson alterou a estratégia, mas a prestação defensiva do Sporting CP continuava a ser decisiva.
O golo que colocou o Sporting CP muito perto da glória apareceu aos 57 minutos, com Natán Suárez a dar três inéditos golos aos leões. (24-27). O dragão teve ainda forças para reduzir para o mínimo (26-27) mas depois de um final de jogo “de loucos” a festa foi mesmo verde e branca em Santo Tirso.
Resultado Final: 27-28
MVP: Diogo Rêma Marques
Estiveram presentes na cerimónia de entrega de prémios Miguel Laranjeiro e Miguel Fernandes, Presidente e vice-Presidente da Federação de Andebol de Portugal, respetivamente, juntamente com Pedro Dias, Secretário de Estado do Desporto, João Costa, Presidente do Conselho de Arbitragem da Federação de Andebol de Portugal, André Miranda, Diretor da Unidade de Apostas Desportivas do Placard, António Freitas, Presidente da Associação de Andebol do Porto e Sara Moreira, Vereadora do Desporto da Câmara Municipal de Santo Tirso.
Taça de Portugal Placard:
Calendário – Final:
07.06.2025 – 17h00 – FC Porto x Sporting CP, 27-28 (15-13)